O doutor da produção cultural


Leo Bigode tem esse apelido desde a adolescência, devido a um bigodinho meio ralo, que tinha. Esse “meio” pseudônimo tornou-se a marca registrada do roqueiro Leonardo Ribeiro Monteiro Belém. Ele que é o fundador da Monstro Discos e do Goiânia Noise Festival. Hoje com 40 anos, casado e pai de 3 filhos ainda lida com o rock independente. Tudo começou quando ganhou um skate do pai, em 1988 e de forma espontânea passou a ouvir Ramones, fazer fanzines e a ser vocalista da Banda Jukes. Depois foi baterista nos Resistentes e Trissônicos, com isso o amor pelo rock foi crescendo de forma imensurável.

Goiânia Noise Festival completa 22 anos, com a marca de ser um dos festivais mais antigos do Brasil. A Monstro também obteve notoriedade e ambos foram notícias nos jornais: O Globo, Folha, Estadão e na revista Veja. Até parece mesmo que o destino estava traçado e que Leo Bigode não iria completar as duas faculdades que iniciou: Química e Biomedicina para ser tornar um doutor da produção cultural. E, assim ele segue a sua missão que é a de gerar conteúdo independente de mercado, de conceitos e do que é dito pela grande mídia.

“Se fosse pra encher o rabo de dinheiro eu tava fazendo sertanejo. Eu tava fazendo axé, eu tava produzindo outro tipo de música, que eu não gosto. Eu acho que a missão é fazer o que gosta e gerar esse conteúdo. É produzir banda. Tem um monte de maluco que acha legal, as coisas que faço. Então, a gente tem que produzir para esse público”, diz entusiasmado. Mas, o que faz encher os olhos do Leo Bigode - com aquela sensação de dever cumprido - é quando pessoas de outros grandes centros do país e do mundo fazem referência a Goiânia, como a cidade que tem o festival de rock e que tem um monte de bandas legais. “É super positivo e eu fico muito feliz de fazer parte disso”, complementa.

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